quarta-feira, 9 de junho de 2010

EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA

A sociedade está cada vez mais informatizada - é comum encontrarmos computadores em bancos, supermercados, lojas, escritórios. Isso está pressionando as escolas a também começarem a fazer uso dela. A maioria das escolas particulares já possui laboratório de informática, muitos deles com conexão Internet. Os sistemas municipais e estaduais também estão desenvolvendo programas para aquisição de seus laboratórios. O MEC está implementando o Programa Nacional de Informática na Educação, estando previsto para os anos 97/98 a aquisição e implantação, em escolas públicas, de 100.000 computadores com conexão Internet. Num curto espaço de tempo, portanto, esta será uma realidade na maioria das escolas brasileiras.

Essa disseminação do computador, e de toda a tecnologia assessória, está provocando uma grande mudança social: noções de tempo e espaço se alteram com a possibilidade de rápido acesso à banco de dados em qualquer lugar do planeta; novas modalidades de comunicação e trabalho emergem. Essas mudanças também contribuem para complexificar as relações homem/homem e homem/máquina.

Embora muitos considerem o computador e seus assessórios, em si mesmos, como ferramentas análogas ao lápis e ao livro, a grande maioria da população não sabe usá-los nem conhece suas potencialidades e seus limites. A interatividade, a velocidade, o complexo de relações e o dinamismo estabelecido entre seus componentes provoca, principalmente no adulto, um certo estranhamento, o que dificulta o processo de familiarização deste com a máquina. Já com as crianças não existem grandes dificuldades, elas aprendem a usar um computador eficientemente assim que se deparam com a necessidade de utilizá-lo; começam a explorar e logo descobrem como funciona.

Envolver os professores nesse novo contexto apresenta-se como o grande desafio. Cabe às escolas organizar uma estrutura que dê oportunidade aos professores de sala de aula - e não apenas aos responsáveis pelo laboratório de informática - de interagir com a tecnologia, se apropriar dela técnica, teórica e pedagogicamente, de forma que a Informática não seja mais uma panacéia nas escolas, como tantas outras inovações que por ali têm passado. Mesmo que o aluno não precise do professor para ganhar o instrumento, vai precisar para ajudar a definir o que fazer com ele. O desafio é grande porque não se trata de ensinar o aluno a mexer com a tecnologia, e sim de ensinar o aluno, que já está inserido nela, a usá-la, ver o que vai fazer com ela, fazer a análise das possibilidades que apresenta, indicar o caminho de um novo tipo de produção de subjetividade que pode ser gerada nessa interação.

Eucação infantil

A brincadeira, o movimento e as relações afetivas são eixos que devem nortear as propostas de um trabalho com crianças no início da vida escolar. Não é qualquer instituição que dá conta do desafio de atender as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil.

A educação infantil, assim como o ensino fundamental e o médio, é assentada em normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. A aplicação desse conjunto de normas deve se traduzir em um ambiente confiável, caloroso, receptivo, estimulante, diversificado e muito organizado, onde seu filho possa se apoiar e investir sua curiosidade e afetos.

Em abril de 1999, foram fixadas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a educação infantil. Elas têm força de lei e estabelecem as grandes orientações para nortear as propostas pedagógicas das creches e pré-escolas. Confira as principais:

Brincar é coisa séria
Na primeira diretriz está estabelecida a ludicidade (ou a brincadeira) como um fundamento da educação infantil. É que as fontes de conhecimento da criança são múltiplas, mas é no ato de brincar que ela entende a realidade, desenvolve a imaginação, os afetos e as competências.

Viva a diferença!
Diretriz que se refere ao princípio de a instituição de ensino acatar as diversas identidades das crianças e suas famílias, professores e funcionários, sem qualquer tipo de exclusão, seja de gênero, etnia, religião, situação econômica ou de peculiaridades (como as dos portadores de necessidades especiais).

Educação integral
As propostas pedagógicas devem integrar os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo-lingüísticos e sociais da criança. A norma busca evitar tendências comuns, como a ênfase nas habilidades psicomotoras ou na alfabetização e no estímulo ao cálculo precoces.

Nada de improvisos
As crianças vivem num mundo complexo e as propostas pedagógicas devem dar conta disso, sem apelar para improvisos baseados na idéia de que a educação nessa fase é café-com-leite, brincadeirinha. A escola deve buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento, em atividades espontâneas ou dirigidas, mas que expressem um objetivo.

Cuidar e educar
As creches não devem ser simplesmente espaços de cuidados e as pré-escolas não podem se limitar a preparar para a alfabetização. Cuidado e aprendizado devem estar integrados desde o início, articulados em três eixos: a brincadeira, o movimento e as relações afetivas. Tal visão pedagógica tem como base a concepção da criança como ser social, histórico, inserido na cultura e um cidadão de direitos.

Educação de jovens e adultos

A educação possibilita ao individuo jovem e adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extra-escolar e na própria vida, com vistas a um nível técnico e profissional mais qualificado. Também é oferecido pelos sistemas de ensino cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando assim progressivamente os estudos em caráter regular.

A educação de Jovens e Adultos representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento, ter uma base sólida de formação.

A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça. (Declaração de Hamburgo sobre a EJA).

O principal objetivo da Educação de Jovens e Adultos é: de auxiliar cada individuo a tornar-se tudo aquilo que ele tem capacidade para ser. Durante vários anos foram desenvolvidos projetos para a alfabetização de Jovens e adultos, destaca-se, portanto, alguns deles: O Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização, de 1967-1985; fundação Educar, de 1986-1990 e o Programa Brasil Alfabetizado, de 2003 até o momento atual.

Na Constituição Federal de 1988 e a LDB, confere aos municípios a responsabilidade do Ensino Fundamental, e estabelece que aos sistemas de ensino cabe assegurar gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, considerando as características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho. Também cabe a esses sistemas de ensino, viabilizar e estimular o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre os diversos setores das esferas públicas.



1.EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


A educação de jovens e adultos (EJA) é vista como uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na infância ou aqueles que por algum motivo tiveram de abandonar a escola.

Por conseguinte, se faz necessário hoje a capacitação continuada em todas as fases da vida, e não somente durante a infância e a juventude.

O processo de educação no indivíduo tem três dimensões sendo estes: a individual, a profissional e a social. A primeira considera a pessoa como um ser incompleto, que tem a capacidade de buscar seu potencial pleno e se desenvolver, aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo. Na profissional, está incluída a necessidade de todas as pessoas se atualizarem em sua profissão, todos precisam se atualizar. No social (sendo este, a capacidade de viver em grupo), um cidadão, para ser ativo e participativo, necessita ter acesso a informações e saber avaliar criticamente o que acontece. (IRELAND, 2009, p. 36).

Desta forma, não basta somente capacitação dos alunos para futuras habilitações nas especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação destes para o desenvolvimento amplo do ser humano, tanto para o mercado de trabalho, mas também para o viver em sociedade.

Educação Especial

A Educação Especial engloba uma imensa diversidade de necessidades educativas especiais, assim como uma equipe multidisciplinar, composta pelos mais diversos profissionais e especialistas. Seu objectivo principal é promover uma melhor qualidade de vida àqueles que, por algum motivo, necessitam de um atendimento mais adequado à sua realidade física, mental, sensorial e social.

Seus destinatários são todas as pessoas que precisam de métodos, recursos e procedimentos especiais durante o seu processo de ensino-aprendizagem.

A Educação Especial deve ser vista no contexto da Educação Geral, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que o não-portador. A esta tendência contemporânea chamamos de Educação Inclusiva, uma vez que o portador de necessidades especiais é inserido em classes regulares de ensino, sendo tão digno e merecedor da educação como qualquer outra pessoa.

Numa sociedade tão preconceituosa e discriminadora como a nossa, muitos pais de alunos ditos normais são contrários a esta inclusão Também alguns professores, coordenadores, directores e funcionários, desinformados ou pouco esclarecidos, oferecem resistência a estas tentativas. Mas, mesmo assim, várias, e com muito êxito, têm sido as experiências de inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais nas classes e/ou escolas regulares. Precisamos ensinar à sociedade, de uma maneira geral, que as pessoas antes de serem portadoras de necessidades educativas especiais são seres humanos capazes e dotados de inúmeras possibilidades, com um grande potencial a ser trabalhado. Nada justifica o seu isolamento do convívio com outras pessoas, seja dentro ou fora da escola.

A inclusão deve ser cuidadosa e racional, pois uma precipitação pode provocar mais frustração do que satisfação ao portador de necessidade especial, que precisa ter condições mínimas para se adaptar a certas realidades. Por exemplo: numa escola com vários andares, tendo apenas escadas, sem rampas ou elevadores, não seria interessante colocar um portador de paraplegia, que só se locomove em cadeiras de rodas, para estudar numa classe regular que utiliza uma sala no quarto andar da escola. Como seria o seu acesso à sala de aula? Atenção e cautela só tendem a nos ajudar a tomar decisões sábias e positivas.

Eis algumas modalidades de atendimento em Educação Especial: Escola Regular, Classe Regular, Escola Especial, Classe Especial, Ensino Domiciliar, Classe Hospitalar, Escola Hospitalar, Escola Profissionalizante, Empresa-Escola. Cada realidade requer um tipo de modalidade de atendimento diferente. Por exemplo, um aluno portador de doença renal, necessitando de diálise, três vezes por semana, num hospital distante de sua residência. Por dificuldades financeiras para se deslocar, consegue residir por um tempo no próprio hospital. Logo, participa de uma classe hospitalar existente no mesmo. A necessidade de diálise e de residir no próprio hospital torna-se uma necessidade educativa especial, cuja modalidade é a classe hospitalar.

Em prol de um mundo melhor e uma sociedade mais democrática, lutemos por uma Educação Especial e Inclusiva de excelente qualidade para todos!

literatura infantil

A designação infantil faz com que esta modalidade literária seja considerada "menor" por alguns, infelizmente.

Principalmente os educadores vivenciam de perto a evolução do maravilhoso ser que é a criança. O contato com textos recheados de encantamento faz-nos perceber quão importante e cheia de responsabilidade é toda forma de literatura.

A palavra literatura é intransitiva e, independente do adjetivo que receba, é arte e deleite. Sendo assim, o termo infantil associado à literatura não significa que ela tenha sido feita necessariamente para crianças. Na verdade, a literatura infantil acaba sendo aquela que corresponde, de alguma forma, aos anseios do leitor e que se identifique com ele.

A autêntica literatura infantil não deve ser feita essencialmente com intenção pedagógica, didática ou para incentivar hábito de leitura. Este tipo de texto deve ser produzido pela criança que há em cada um de nós. Assim o poder de cativar esse público tão exigente e importante aparece.

O grande segredo é trabalhar o imaginário e a fantasia.

projeto político pedagógico

“O projeto representa a oportunidade de a direção, a coordenação pedagógica, os professores e a comunidade, tomarem sua escola nas mãos, definir seu papel estratégico na educação das crianças e jovens, organizar suas ações, visando a atingir os objetivos que se propõem. É o ordenador, o norteador da vida escolar”: J. C. Libâneo

"Pensar em Projeto Político Pedagógico para qualquer escola, pressupõe que os educadores tenham um espaço onde possam se manifestar, que o processo da escola e suas experiências acumuladas sejam refletidas no texto. Que haja uma definição anterior sobre qual a concepção de Projeto Político Pedagógico será utilizada pelo grupo". Joan Subiratis: Construindo o Projeto Político Pedagógico

A Construção Coletiva do Projeto Político-Pedagógico: CADEP

“O presente artigo discute o significado de inovação e projeto político-pedagógico sob duas perspectivas: como uma ação regulatória ou técnica e como uma ação emancipatória ou edificante. A inovação regulatória significa assumir o projeto político-pedagógico como um conjunto de atividades que vão gerar um produto: um documento pronto e acabado. Nesse caso se deixa de lado o processo de produção coletiva. A inovação de cunho regulatório nega a diversidade de interesses e de atores que estão presentes. Sob a perspectiva emancipatória, a inovação e o projeto político-pedagógico estão articulados, integrando o processo com o produto porque o resultado final é não só um processo consolidado de inovação metodológica, na esteira de um projeto construído, executado e avaliado coletivamente, mas um produto inovador que provocará também rupturas epistemológicas.” Inovações e projeto político-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória?: Ilma Passos Alencastro Veiga


“... Este artigo pretende mostrar como a construção de um projeto político-pedagógico pode contribuir para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar...”. José Luís Salmaso e Raquel Maria Bortone Fermi: Projeto Político Pedagógico: uma perspectiva de identidade no exercício da autonomia

“...A crise paradigmática também atinge a escola e ela se pergunta sobre si mesma, sobre seu papel como instituição numa sociedade pós-moderna e pós-industrial, caracterizada pela globalização da economia e das comunicações, pelo pluralismo político, pela emergência do poder local. Nessa sociedade cresce a reivindicação pela autonomia contra toda forma de uniformização e o desejo de afirmação da singularidade de cada região, de cada língua etc...” Moacir Gadotti: O Projeto Político-Pedagógico da escola, na perspectiva de uma educação para a cidadania.

“Este artigo analisa os impactos das recentes mudanças na composição e a dinâmica do mercado de trabalho e seus impactos sobre a prática educativa de ensino fundamental e médio. Retrata, ainda, o quanto os projetos pedagógicos oficiais empregados em nosso país, em especial, no intervalo entre as décadas de 50 e 70, constituíram-se como barreiras para enfrentamento dos novos desafios pedagógicos. Analisa as reformas educacionais implementadas nos anos 80 e 90, ... ”. Rudá Ricci: O perfil do educador para o século XXI (de boi de coice a boi de cambão)

linhas pedagógicas

Linha Construtivista

Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas.

Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o contato com letras e textos.



O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.

Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer.

O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.
As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada rígida.

Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.



Linha Tradicional

A linha tradicional de ensino teve a sua origem no século XVIII, a partir do Iluminismo. O objetivo principal era universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Possui um modelo firmado e certa resistência em aceitar inovações, e por isso foi considerada ultrapassada nas décadas de 60 e 70.



As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos consolidados.

Não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual. Não existem atividades práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas, com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização.

O professor é o guia do processo educativo e exerce uma espécie de “poder”. Tem como função transmitir conhecimento e informações, mantendo certa distância dos alunos, que são “elementos passivos”, em sala de aula.

As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o aluno conseguiu absorver.

São escolas que preparam seus alunos para o vestibular desde o início do currículo escolar e enfatizam que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e normativa de informação.


Linha Montessoriana

Criada pela pedagoga italiana Maria Montessori (1870-1952), a linha montessoriana valoriza a educação pelos sentidos e pelo movimento para estimular a concentração e as percepções sensório-motoras da criança.

O método parte da idéia de que a criança é dotada de infinitas potencialidades. Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino.



Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter a capacidade de amar.

As escolas montessorianas incentivam seus alunos a desenvolver um senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado e adquirir autoconfiança. As instituições levam em conta a personalidade de cada criança, enfatizando experiências e manuseios de materiais para obter a concentração individual e o aprendizado. Os alunos são expostos a trabalhos, jogos e atividades lúdicas, que os aproximem da ciência, da arte e da música.

A divisão das turmas segue um modelo diferente do convencional: as crianças de idades diferentes são agrupadas numa mesma turma. Nessas classes, alunos de 5 e 6 anos estudam na mesma sala e seguem um programa único. Posteriormente eles passam para as turmas de 7 e 8, em seguida para as de 9 e 10, e, finalmente alcançam o último estágio, que agrega jovens de 11,12,13 e 14 anos. Até os 10 anos, os alunos têm aulas com um único professor polivalente, enquanto nas salas de 11 a 14, esse professor ganha a companhia de docentes específicos para cada disciplina.

Os professores dessa linha de ensino são guias que removem obstáculos da aprendizagem, localizando e trabalhando as dificuldades de cada aluno. Sugerem e orientam as atividades, deixando que o próprio aluno se corrija, adquirindo assim maior autoconfiança.

A avaliação é realizada para todas as tarefas, portanto, não existem provas formais.
A Pedagogia é a ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo.

Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria Licenciatura ou Gestão Escolar (administração escolar, orientação pedagógica e coordenação educacional). Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos básicos: Disciplinas filosóficas, Disciplinas científicas e Disciplinas técnico-pedagógicas.

Disciplinas Técnico-pedagógicas
Disciplinas:

Estatística aplicada à educação
Estrutura e Funcionamento da Educação Básica

Disciplinas sobre Modalidades de Ensino e Diversidade
Disciplinas:

Educação e Diversidade etno-racial
Educação do Campo
Educação Especial e Inclusão Educacional
Educação Indígena
Educação de Jovens e Adultos
Educação a Distância e Tecnologia Educacional

Educação Escolar atual
As transformações tecnológicas em aumento exponencial estão exigindo da Educação escolar a formulação de sucessivas e constantes modificações nas propostas pedagógicas vigentes, bem como dos métodos de ensino.

O momento atual pode ser considerado como um divisor de águas para os métodos de ensino, ultrapassando os tradicionais e consolidando os novos, que por sua vez precisam de constante desenvolvimento, devida interação entre os educandos e o mundo, que interferem no processo de aprendizagem.

Embora em muitas partes do mundo ainda existam dificuldades no ensino e no partilhamento da informação, estas já estão sendo vencidas principalmente nos grandes centros onde existem maiores condições de acesso à informação e à cultura escolarizada.


Ciências que dão suporte teórico
Psicologia
Sociologia
Filosofia
Antropologia

principais autores da pedagogia

paulo freire
vigotsk
piaget
saviani
emilia ferreiro
frenet
e tantos outros

O que é pedagogia e para que serve?

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). No decurso da história do Ocidente, a Pedagogia firmou-se como correlato da educação. Entretanto, a prática educativa é um fato social, cuja origem está ligada à da própria humanidade. A compreensão do fenômeno educativo e sua intervenção intencional fez surgir um saber específico que modernamente associa-se ao termo pedagogia. Assim, a indissociabilidade entre a prática educativa e a sua teorização elevou o saber pedagógico ao nível científico. Com este caráter, o pedagogo passa a ser, de fato e de direito, investido de uma função reflexiva, investigativa e, portanto, científica do processo educativo. Autoridade que não pode ser delegada a outro profissional, pois o seu campo de estudos possui uma identidade e uma problemática próprias. A história levou séculos para conferir o status de cientificidade à atividade dos pedagogos apesar de a problemática pedagógica estar presente em todas as etapas históricas a partir da Antiguidade. O termo pedagogo, como é patente, surgiu na Grécia Clássica, da palavra παιδαγωγός cujo significado etimológico é preceptor, mestre, guia, aquele que conduz; era o escravo que conduzia os meninos até o paedagogium . No entanto, o termo pedagogia, designante de um fazer escravo na Hélade, somente generalizou-se na acepção de elaboração consciente do processo educativo a partir do século XVIII, na Europa Ocidental.
Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação e que, por parte do MEC - Ministério da Educação e Cultura, é um curso que cuida dos assuntos relacionados à Educação por excelência, portanto se trata de uma Licenciatura, cuja grade horário-curricular atual estipulada pelo MEC confere ao pedagogo, de uma só vez, as habilitações em educação infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, coordenação educacional, gestão escolar, orientação pedagógica, pedagogia social e supervisão educacional, sendo que o pedagogo também pode, em falta de professores, lecionar as disciplinas que fazem parte do Ensino Fundamental e Médio, além se dedicar à área técnica e científica da Educação, como por exemplo, prestar assessoria educacional. Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos básicos: disciplinas filosóficas, disciplinas científicas e disciplinas técnico-pedagógicas.